Uma revolução
tecnológica concentrada nas tecnologias da informação está remodelando a
sociedade aceleradamente, devido a isto, está surgindo uma nova cultura. As redes interativas de computadores estão
crescendo exponencialmente, criando novas formas e canais de comunicação,
moldando a vida, e ao mesmo tempo sendo moldadas por ela. As mudanças sociais
são tão drásticas quanto os processos de transformação tecnológica e econômica
e podem ser observadas de diversas maneiras.
O próprio capitalismo
passa por um processo de reestruturação caracterizada por uma maior
flexibilidade e organização. Há uma redefinição da família devido à relação
entre seus membros, da sexualidade e da personalidade. A consciência ambiental
também foi remodelada e tanto os políticos quanto as empresas.
As sociedades estão cada
vez mais estruturadas em uma oposição bipolar entre a Rede e o Ser. E a
fragmentação social se propaga à medida que as identidades tornam-se mais
específicas e cada vez mais difíceis de compartilhar.
- Tecnologia, sociedade e transformação histórica:
A sociedade não pode ser
entendida ou representada sem suas ferramentas tecnológicas. Um exemplo é que na
década de 70, nos Estados Unidos, Califórnia, um novo paradigma, baseado nas
tecnologias da informação, começou a ser construído (surgimento e a evolução da
Internet). À medida que esta revolução se espalhou por outros países os
objetivos com a tecnologia tornaram-se diversos.
Além disso, por
intermédio do Estado, a sociedade pode sufocar o desenvolvimento da tecnologia ou
entrar num processo acelerado de modernização, isto vai depender dos interesses
estatais num determinado período.
- Informacionalismo, industrialismo, capitalismo, estatismo: modos de desenvolvimento e modos de produção.
A revolução da
tecnologia da informação foi essencial para a implementação de um importante
processo de reestruturação do sistema capitalista a partir da década de 80. No
processo, o desenvolvimento e as manifestações dessa revolução tecnológica
foram moldados pelas lógicas e interesses do capitalismo avançado. O estatismo também tentou redefinir os meios
de consecução de seus objetivos estruturais, entretanto a tentativa facassou a
ponto de haver um colapso de todo o sistema, em razão a incapacidade do
estatismo para assimilar e usar os princípios do informacionalismo embutidos
nas novas tecnologias da informação.
De acordo com o autor,
as sociedades são organizadas em processos estruturados por relações
historicamente determinadas de produção,
experiência e poder.
- Produção é a ação da humanidade sobre a matéria para apropriar-se dela e transformá-la em seu benefício.
- Experiência é a ação dos sujeitos humanos sobre si mesmos, determinada pela interação entre identidades biológicas e culturais desses sujeitos em relação a seus ambientes sociais e naturais.
- Poder é aquela relação entre os sujeitos humanos que, com base na produção e experiência, impõe a vontade de alguns sobre os outros pelo emprego potencial ou real de violência física ou simbólica.
A comunicação simbólica
entre os seres humanos e o relacionamento entre esses e a natureza geram culturas e identidades coletivas.
O produto do processo
produtivo é usado pela sociedade de duas formas: consumo e excedente. O
capitalismo visa a maximização de lucros, enquanto o estatismo visa a
maximização do poder.
O industrialismo é
voltado para a maximização de produção, já o informacionalismo visa o
desenvolvimento tecnológico. A busca por conhecimentos e informação caracteriza
a função da produção tecnológica no informacionalismo.
- O informacionalismo e a perestroyka (reestruturação) capitalista:
O novo sistema econômico e tecnológico
pode ser adequadamente caracterizado como capitalismo
informacional. A inovação tecnológica e a transformação organizacional
garantem a velocidade e a eficiência da reestruturação.
(O
ser na sociedade informacional)
Para o autor, identidade é o processo
pelo qual um ator social se reconhece e constrói significado principalmente com
base em determinado atributo cultural ou conjunto de atributos, a ponto de
excluir uma referencia mais ampla a outras estruturas sociais.
Para Raymond Barglow, em resumo: a
tecnologia esta ajudando a desfazer a visão do mundo por ela promovida no
passado.
Um exemplo da crise dos padrões de
identidade estabelecidos é a repercussão da seita Verdade Suprema no Japao em
1995.
(Líder
da seita Verdade Suprema)
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