quinta-feira, 20 de outubro de 2011

PRAGMATISMO NORTE AMERICANO


Junto com Charles Sanders Peirce (1839-1914), William James (1842-1910) é considerado o fundador do pragmatismo norte-americano, apesar de ambos os pensadores terem desenvolvido duas escolas distintas na tradição. Peirce é reconhecidamente o criador do método pragmatista, mas foi James quem o popularizou e usou pela primeira vez o termo em livros e conferências.

Peirce e James estão de acordo quanto ao fato de o pragmatismo não ser uma filosofia propriamente dita, isto é, não diz nada a respeito do que é o mundo e sobre o conhecimento que temos dele, e muito menos se configura como uma doutrina ou metafísica. Pragmatismo é simplesmente um método pelo qual o significado dos conceitos é depurado pelos fatos, pela experiência.

Quando o pragmatista está diante de um candidato a problema filosófico, ele questiona: o que a decisão a respeito da verdade de A ou de B poderá trazer em termos de efeitos práticos para nossas vidas? Se não provocar nenhuma mudança em nosso comportamento ou entendimento a respeito de algo, então não tem nenhum efeito. Portanto, nenhum significado.

Para dar um exemplo simples - e atual -, qual seria o significado pragmático de chamar o vírus da gripe suína de "nova gripe"? A mudança do nome vai ampliar nosso conhecimento sobre a doença ou trazer alguma mudança real em termos de saúde pública e prevenção? Caso a resposta seja negativa, então não tem nenhum sentido.
 
O pragmatismo consiste, portanto, em sempre olhar os frutos, ou seja, as consequências práticas que uma teoria veicula. Nisso tanto o "pai" do pragmatismo, Peirce, quanto James estão de acordo. A diferença está: (1) na interpretação da máxima do pragmatismo; (2) na sua aplicação e (3) no seu escopo, conforme veremos a seguir.
 
FONTES:

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