O jovem pode lhe dar com a lógica combinatória e problemas em que diversos fatores atuam juntos. Possui a capacidade de utilizar um conjunto de símbolos para símbolos, por esta razão consegue de entender Álgebra.
Entende que as palavras podem ter múltiplos significados e utiliza metáforas, desta forma o adolescente pode refletir a respeito e si mesmo, encarando o seu pensamento como um objeto.
O jovem passa a conceituar o seu pensamento, mas também o de outras pessoas, só que ele não consegue diferenciar os objetos para os quais esses pensamentos alheios são dirigidos. Então ele presume que as pessoas estão tão obcecadas pela sua aparência e comportamento quanto ele próprio, já que ele é o objeto para o qual o seu pensamento está direcionado. Isto constitui o egocentrismo adolescente, isto é, ele acredita ser o centro das atenções.
Baseado nisto o sentimento que mais preocupa um adolescente é a vergonha, o medo do que as pessoas irão pensar a seu respeito. Por este motivo, um adolescente muito crítico sobre si mesmo deseja privacidade, para se distanciar dos olhares críticos que as demais pessoas possam ter sobre ele. Já um adolescente que se admira bastante têm dificuldade de diferenciar o que ele julga atraente e o que os outros julgam atraente e acaba exagerando no visual.
Várias mudanças no raciocínio moral coincidem com a adolescência. Lawrence Kohlberg criou um método de avaliação do raciocínio moral no qual é apresentado ao sujeito (adolescente ou criança) uma série de dilemas sob forma de histórias, cada uma com uma questão moral específica, depois ele é entrevistado e baseado nas respostas Lawrence formulou três níveis de raciocínio moral. São eles:
1. Nível 1: Moralidade Pré-Convencional:
· Estágio 1: Moralidade heterônima, orientação para a obediência e a punição. A criança decide o que é certo devido a punição, isto é, a criança obedece porque os adultos em superioridade podem puni-la.
· Estágio 2: Moralidade Instrumental, individualismo, hedonismo instrumental e troca. Quando algo é de interesse da criança ela segue regras, realiza um trato em troca daquilo que lhe é prazeroso.
2. Nível 2: Moralidade Convencional:
· Estágio 3: Moralidade do “bom menino”, expectativas mútuas nas relações e conformismo interpessoal. Para agradar a família a criança deseja ser “boa”, pois as ações morais passam a ser aquelas que atendem as expectativas alheias.
· Estágio 4: Moralidade da Lei e Ordem. O grupo social importante deixa de ser apenas a família e passa a ser outros grupos próximos do jovem na sociedade. Portanto o indivíduo passa a preservar as leis e contribuir com a sociedade para ser valorizado.
3. Nível 3: Moralidade com Princípios ou Pós-Convencional:
· Estágio 5: Raciocínio do contrato social, utilidade e direitos individuais. As leis e regras devem ser preservadas, mas podem ser mudadas, porém alguns valores básicos como a importância da vida e da liberdade devem ser preservados de qualquer maneira.
· Estágio 6: Princípios Éticos Universais. O Adulto escolhe e segue princípios éticos, baseados em princípios universais da justiça, para definir o que é certo. Como as leis geralmente estão em conformidade com tais princípios elas são obedecidas. Porém se lei e consciência entram em conflito, a consciência predominará.