terça-feira, 29 de novembro de 2011

Desenvolvimento Cognitivo na Adolescência

                O adolescente é capaz de examinar um problema, imaginar as relações possíveis com esse problema através de uma análise lógica e verificar quais destas relações possíveis são de fato verdadeiras. Pode aceitar por hipótese uma premissa diferente da realidade factual e continuar o seu raciocínio, desta forma o futuro passa a ser tão real quanto o presente. Ele pensa sobre possibilidades e se imagina em papeis diferente, isto é, ele já pode fazer planos a longo prazo.
O jovem pode lhe dar com a lógica combinatória e problemas em que diversos fatores atuam juntos. Possui a capacidade de utilizar um conjunto de símbolos para símbolos, por esta razão consegue de entender Álgebra.
Entende que as palavras podem ter múltiplos significados e utiliza metáforas, desta forma o adolescente pode refletir a respeito e si mesmo, encarando o seu pensamento como um objeto.
O jovem passa a conceituar o seu pensamento, mas também o de outras pessoas, só que ele não consegue diferenciar os objetos para os quais esses pensamentos alheios são dirigidos. Então ele presume que as pessoas estão tão obcecadas pela sua aparência e comportamento quanto ele próprio, já que ele é o objeto para o qual o seu pensamento está direcionado. Isto constitui o egocentrismo adolescente, isto é, ele acredita ser o centro das atenções.
Baseado nisto o sentimento que mais preocupa um adolescente é a vergonha, o medo do que as pessoas irão pensar a seu respeito. Por este motivo, um adolescente muito crítico sobre si mesmo deseja privacidade, para se distanciar dos olhares críticos que as demais pessoas possam ter sobre ele. Já um adolescente que se admira bastante têm dificuldade de diferenciar o que ele julga atraente e o que os outros julgam atraente e acaba exagerando no visual.  

Várias mudanças no raciocínio moral coincidem com a adolescência. Lawrence Kohlberg criou um método de avaliação do raciocínio moral no qual é apresentado ao sujeito (adolescente ou criança) uma série de dilemas sob forma de histórias, cada uma com uma questão moral específica, depois ele é entrevistado e baseado nas respostas Lawrence formulou três níveis de raciocínio moral. São eles:  
1.       Nível 1: Moralidade Pré-Convencional:
·         Estágio 1: Moralidade heterônima, orientação para a obediência e a punição. A criança decide o que é certo devido a punição, isto é, a criança obedece porque os adultos em superioridade podem puni-la.
·         Estágio 2: Moralidade Instrumental, individualismo, hedonismo instrumental e troca. Quando algo é de interesse da criança ela segue regras, realiza um trato em troca daquilo que lhe é prazeroso.
2.       Nível 2: Moralidade Convencional:
·         Estágio 3: Moralidade do “bom menino”, expectativas mútuas nas relações e conformismo interpessoal. Para agradar a família a criança deseja ser “boa”, pois as ações morais passam a ser aquelas que atendem as expectativas alheias.
·         Estágio 4: Moralidade da Lei e Ordem. O grupo social importante deixa de ser apenas a família e passa a ser outros grupos próximos do jovem na sociedade. Portanto o indivíduo passa a preservar as leis e contribuir com a sociedade para ser valorizado.
3.       Nível 3: Moralidade com Princípios ou Pós-Convencional:
·         Estágio 5: Raciocínio do contrato social, utilidade e direitos individuais. As leis e regras devem ser preservadas, mas podem ser mudadas, porém alguns valores básicos como a importância da vida e da liberdade devem ser preservados de qualquer maneira.
·         Estágio 6: Princípios Éticos Universais. O Adulto escolhe e segue princípios éticos, baseados em princípios universais da justiça, para definir o que é certo. Como as leis geralmente estão em conformidade com tais princípios elas são obedecidas. Porém se lei e consciência entram em conflito, a consciência predominará. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Inteligência sensório motora propriamente dita



A inteligência Sensório Motora (0 a 2 anos) É o período que vai do recém-nascido até os dois anos de idade da criança, antes do surgimento da fala, sendo marcado pelo desenvolvimento mental. Representa a evolução psíquica através da percepção e dos movimentos de todo o universo que cerca a criança que, a partir de reflexos neurológicos básicos, começa a construir esquemas de ações para assimilar mentalmente o meio. A assimilação sensório-motora do mundo exterior inicia-se com o desenvolvimento de noções de objeto, em que o bebê traz tudo para perto de seu corpo. A inteligência é essencialmente prática, baseando-se em exercícios de aparelhos reflexos: coordenações sensoriais e motoras de fundo hereditário, que correspondem a tendências instintivas, como a nutrição. O desenvolvimento da inteligência e da vida afetiva apresenta três estágios: o dos reflexos, o da organização das percepções e hábitos e o da INTELIGÊNCIA SENSÓRIO-MOTORA PROPRIAMENTE DITA.
O terceiro estágio é o mais importante no desenvolvimento da criança: o da inteligência prática ou sensório-motora, que aparece bem antes da linguagem –pensamento interior com emprego verbal (linguagem interiorizada). É uma inteligência totalmente prática, que se refere à manipulação de objetos e que só utiliza percepções e movimentos organizados em “esquemas de ação”, ao invés de palavras e conceitos. Exemplo: pegar objetos como suporte para puxar outro objeto, que ocorre por volta dos 18 meses. A criança passa a coordenar suas ações com um objetivo previsto, como o uso de um instrumento para alcançar o objeto, que necessita compreender antecipadamente a relação entre ela e o objeto, para descobrir o instrumento como meio. Outro exemplo é aproximar o objeto puxando a cobertura ou o suporte sobre o qual está colocado, por volta do fim do 1º ano. Existem dois tipos de fatores que constroem estes atos de inteligência. Primeiro, as condutas que se diferenciam até atingir uma maleabilidade suficiente para registrar os resultados da experiência. “É assim que nas ‘reações circulares’ o bebê não se contenta mais apenas em reproduzir os movimentos e gestos que o conduziram a um efeito interessante, mas os varia intencionalmente para estudar os resultados destas variações, entregando-se a verdadeiras explorações ou ‘experiências para viver’” (PIAGET, p.18, 1990). Um bom exemplo é analisar crianças de 12 meses, que jogam objetos no chão, analisando sua trajetória. Uma ação capaz de ser repetida e generalizada para situações novas pode-se comparar à uma espécie de conceito sensório-motor: compreende-se o objeto através do uso, que será mais tarde uma assimilação por meio das noções e do pensamento.
No primeiro período de desenvolvimento psicológico, a atividade da criança é sensóriomotora. Piaget chama de assimilações à forma da criança descobrir o mundo através de sua percepção e movimentos e, de acomodação, a essa modificação dos movimentos e do ponto de vista próprio, pelos movimentos e posições exteriores, relativos ao meio ambiente. Uma primeira relação entre a assimilação e a acomodação é o equilíbrio entre as duas, isto é, a adaptação, e são formas superiores dessa adaptação que vêm a dar na atividade inteligente. Segundo Piaget (1945/ 1978), a acomodação, diferenciando-se da assimilação, constitui uma espécie de “negativo” do objeto ao qual se aplica o esquema assimilado, e esse “negativo” prolonga-se então em um “positivo”, que é a imitação, exterior ou interiorizada. A teoria da equilibração, de uma maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação, e assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador.


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem
www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.htm
www.psicologiaeducacional.org/.../index.php?...42%3Asensorio...
educacaoemciclo.files.wordpress.com/.../as-seis-subfases-do-periodo-.
www.unip.br/.../ODESENVOLVIMENTOMENTALDACRIANÇA.do...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Estrutura do Inconsciente para Jung

De acordo com as teorias de Jung o insconsciente é formado por duas camadas, o inconsciente coletivo onde estão localizado os arquétipos e o inconsciente pessoal onde estão localizados os complexos.

       O inconsciente pessoal se refere à parte do inconsciente que pertence exclusivamente ao indivíduo, é constituído das experiências vividas por um indivíduo e não pertencem a sua consciência.

[o inconsciente pessoal] contém material reconhecível, de origem definidamente pessoal; são aquisições do indivíduo ou produtos de processos instintivos que completam, inteiram a personalidade. Há ainda os conteúdos esquecidos ou reprimidos, mais os dados criativos. (JUNG, 1987, § 78, p. 33)
Tais conteúdos se aglutinam em torno dos complexos, assim, podemos dizer que o inconsciente pessoal é constituído por incontáveis complexos, mais ou menos estruturados, com mais ou menos energia.

  O inconsciente coletivo não deve sua existência a experiências pessoais; ele não é adquirido individualmente. Jung faz a distinção: o inconsciente pessoal é representado pelos sentimentos e idéias reprimidas, desenvolvidas durante a vida de um indivíduo. O inconsciente coletivo não se desenvolve individualmente, ele é herdado (arquétipos). É um conjunto de sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas por toda a humanidade.

Por exemplo, o medo de cobras pode ser transmitido através do inconsciente coletivo, criando uma predisposição para que uma pessoa tema as cobras. No primeiro contato com uma cobra, a pessoa pode ficar aterrorizada, sem ter tido uma experiência pessoal que causasse tal medo, e sim derivando o pavor do inconsciente coletivo. Mas nem sempre as predisposições presentes no inconsciente coletivo se manifestam tão facilmente.

Portanto os conteúdos do inconsciente coletivo exigem o envolvimento de elementos do inconsciente pessoal para sua manifestação no comportamento; os dois tipos de inconscientes são, portanto, indivisíveis (Williams, 1963a).



Fontes:

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Estrutura do Inconsciente Para Freud

            O "ID", grosso modo, correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. Freud afirmou: "Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de axcitações fervescentes. [O id] desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a moralidade" (Freud, 1933, p. 74). As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor. A palavra em alemão usada por Freud para id era es, que queria dizer "isso".
              O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como  "I"  (Eu"  em português). O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão.
             A terceira parte da estrutura da personalidade definida por Freud,osuperego,desenvolve-se desde o inicio da vida,quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições. O comportamento inadequado  sujeito à punição torna-se parte da consciência da criança, uma porção do superego.
             O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o como o "defensor da luta em busca da perfeição - o superego é, resumindo, o máximo assimilado psicologicamente pelo indivíduo do que é considerado o lado superior da vida humana" (Freud, 1933, p. 67). 



RESUMINDO:
*Id: fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionado aos instintos.

**Ego: aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos instintos.

***Superego: o aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade.




FONTE:
anupamm.tripod.com/freudst.html
psychology.about.com/od/theoriesofpersonality/.../consciousuncon.html
gestalttheory.net/archive/KoffkaUnconscious.pdf